Kingdom Hearts é uma das franquias de RPG de ação mais famosas do mundo, pelo fato de reunir personagens caricatos de filmes da Disney junto de personagens famosos de Final Fantasy. Nessa análise irei falar especificamente do primeiro jogo na sua versão remasterizada (HD 1.5 Remix).
História
A história se inicia com Sora e seus amigos que tem como objetivo sair para explorar novos locais além da pequena ilha que moram. De forma inicialmente desconhecida, Sora perde seu amigos e é puxado para um portal que o leva para longe da ilha. Enquanto isso em outro mundo, Donald e Pateta por meio de uma carta descobrem que o Rei Mickey saiu e precisam encontrar o portador da Keyblade para encontra-lo e derrotar os vilões da Disney, que estão capturando as princesas para usar os corações puros delas para abrir o Kingdom Hearts e liberar o verdadeiro lado sombrio
Como primeiro jogo da série, é fundamental o papel de introduzir seus personagens e encaixar a narrativa para que faça sentido pro jogador. Nisso, o jogo se sobressai positivamente, a história é estável do inicio ao fim. Todos os personagens, na medida do possível, tem diálogos interessantes e bem escritos. A motivação dos protagonistas, assim como as dos antagonistas, são claras durante a campanha. Narrativamente, Kingdom Hearts é muito bom, e serve bem como porta de entrada para a série.
Exploração
No inicio, após a introdução do jogo, Sora vai para Traverse Town, onde os personagens de Final Fantasy e Disney moram juntos. é uma cidade relativamente simples de ser explorada, mas que funciona como um HUB para comprar diversos materiais. Depois de completar a primeira cidade, o jogador é introduzido a gummi ship, a nave que faz a ponte entre os outros mundos. É um ponto difícil de comentar sobre, porque realmente não gosto de nada que esse sistema faz. Tentei ao máximo, pesquisei vídeos para tentar entender melhor, mas mesmo assim não consegui gostar, os sistemas para customizar a nave são extremamente confusos e mesmo que não fossem, se locomover com a gummi ship não é divertido. Felizmente, dá pra ir para todos os mundos tranquilamente usando a nave inicial e no decorrer da aventura o jogador recebe um upgrade que permite ir de planeta em planeta sem precisar passar pelas sessões de nave.
Cada mundo tem uma Keyhole e pra ser completo é necessário encontra-la para que o final do jogo seja desbloqueado. A exploração em cada mundo é diferente e sempre tem algum ponto pra se destacar, o mundo do Tarzan, por exemplo, se destaca por ser extremamente vertical, enquanto o da Pequena Sereia é completamente submerso mudando a estrutura física dos protagonistas. Essa mudança em cada mundo da uma sensação interessante de sempre estar fazendo algo novo. Em todos os mundos os protagonistas estão unidos com a narrativa daquele mundo impedindo que os vilões cumpram seus objetivos. Alguns mundos tem o problema de serem confusos demais, a câmera do jogo também não favorece nisso, é muito fácil se perder em alguns cenários e falta de um mini-mapa torna isso ainda mais claro.
Combate
Talvez seja o ponto mais difícil de comentar, o combate do jogo é bem abaixo e acredito que parte disso é por ele ser datado. O combate é um hack'n slash com menu de RPG assim como outros jogos da Square Enix. A complexidade do combate é quase inexistente e o máximo que da pra fazer é estender o combo do seu personagem. Ainda assim consegue ser divertido, mas é um pouco complicado quando se trata de hordas de inimigos. O problema principal no combate é que quando chega próximo ao fim do jogo e é obrigado a ficar farmando experiência, caso contrário se torna muito mais difícil lidar com inimigos de nível alto, principalmente os chefes. Pra isso, o jogo insiste no coliseu de Hércules e em repetir os mundos que já foram feitos mas dessa vez com nível mais alto. Essa tentativa de "fator replay" mais atrapalha do que ajuda, repetir os mundos é maçante, o coliseu ainda é um pouco mais divertido, mas também se torna maçante depois de um certo tempo. A curto prazo, o combate não incomoda e é até divertido, mas por ser muito repetitivo, no fim fica difícil de não se sentir saturado, principalmente no fim quando precisa lidar com muitos inimigos e normalmente inimigos mais fortes que o normal.
Conclusão e comentários finais
Kingdom Hearts é lindo, mesmo com seus problemas o jogo consegue manter uma narrativa divertida e pura sobre amizade. A amizade é vista em todas as partes do jogo, seja no Sora procurando seus amigos ou no Aladin tentando salvar Jasmine. O universo da Disney funciona muito bem no jogo, tão bem que até surpreende essa união dar certo. Vale a pena ser jogado e vale o esforço pra passar do final que é um pouquinho arrastado. Com certeza é a melhor porta de entrada pra série. A versão Remix é a melhor versão do jogo, possuindo suporte pra alta resoluções, taxas de frames mais altas, texturas em HD entre outras melhorias.
Caso tenha gostado da análise, recomendo ler as outras do site! Não sou profissional ainda mas tô dando meu melhor pra entregar um trampo legal. Também é minha primeira experiencia com um jogo relativamente antigo, mas como eu, acredito que alguém mais novo possa jogar e é importante apontar os problemas, mesmo que fizessem parte da época. Os posts vão voltar a sair com mais frequência inclusive já tem alguns prontos. Diferente dos outros textos, vou deixar minhas redes sociais aqui embaixo, pra caso alguém queira me mandar um feedback sobre o que achou do texto, o que pode melhorar e por aí vai. Obrigado por ler até aqui!
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